Ao subir a escadaria que dava acesso ao elevador (estava com um pouco de pressa), esbarrou justamente na síndica. A velha síndica o acompanhara provavelmente para cobrar a taxa extra do condomínio, sempre falando em um tom irônico, as necessidades do prédio.
O elevador era velho e sujo, apresentava defeitos frequentemente, o que chateava bastante os moradores dos 16 andares, a exemplo de crianças e adolescentes atrasados para a escola, advogados e médicos importantes que ali residiam, talvez fosse o maior motivo da cobrança de taxas extras, que também eram frequentes.
Era um prédio antigo, embora luxuoso, situado em um bairro nobre e seguro, sem muita movimentação. Dois apartamentos nos primeiros andares e a partir do sétimo, um por andar. De acordo com a Síndica, o prédio necessitava urgentemente de uma reestruturação, o que os moradores recusavam-se a acreditar.
Lentamente, a porta do elevador abria-se, agora no oitavo andar, já estava com a chave em mãos desde quando a síndica saiu, no sétimo andar. Em frente ao seu apartamento, pronto, mas ainda ansioso, girou a chave na fechadura e entrou de uma vez.
Se algum morador descobrisse o que acontecia durante o dia no oitavo andar, certamente manteria distância, seja do oitavo andar ou do prédio. Mas como ninguém o conhecia naquela merda e aparentemente, era um bom cristão, sem nenhum antecedente bizarro em seu passado; Graças a privacidade dos tempos modernos, ninguém conhece bem os seus vizinhos.
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